STARLOUNGE PORTUGAL: Anabela em entrevista


"A cantora portuguesa lançou agora o seu sétimo disco, “Nós”, mas para isso teve de abdicar de fazer o próximo musical de Filipe La Feria, ‘Fado’. Ainda assim, Anabela diz-se feliz na vida pessoal e profissional.














STARLOUNGE: Como está a ser a aceitação do público ao seu novo álbum, "Nós"?
ANABELA: Em relação a vendas ainda é muito cedo para falar disso, pois está apenas há dois dias nas lojas. Mas no passado dia 18 de Junho fiz a apresentação do disco no Casino Lisboa e correu muito bem, as pessoas gostaram do projecto. A receptividade tem sido muito positiva e espero que continue a ser. Estou muito satisfeita.


S: Está no processo de promoção do disco?
A: Comecei há uma semana, pelas rádios e televisões. Mas ainda está muito no início, é um trabalho para todo o Verão.

S: Este trabalho é a realização de um sonho antigo?
A: É verdade. Fiquei muito contente por me terem convidado para este projecto, pois há muito tempo que queria voltar a gravar um disco e, também, há muito que ambicionava fazer uma homenagem a grandes cantores, como a Simone de Oliveira, o Fernando Tordo e o Carlos Mendes. Este disco é isso mesmo, um tributo às grandes canções, aos grandes intérpretes e compositores da música ligeira portuguesa nos anos 50, 60 e 70. Poder cantar estas músicas que para mim são referências com uma sonoridade meio pop meio jazz é bastante enriquecedor.



S: Qual é a música do álbum que mais a marca?
A: São duas: “De Degrau em Degrau” e “Só Nós dois”. Este disco é uma viagem por três décadas. Pesquisámos entre mais de 400 músicas e escolhemos aquelas com que eu me identificava mais, mas principalmente as que foram grandes sucessos destes anos e dos cantores que marcaram as décadas de 50, 60 e 70.

S: O que espera do “Nós”?
A: Espero que leve o público aos concertos. Vou dedicar-me totalmente a isso, primeiro na promoção e depois preencher as agendas de Inverno. Quero levar este trabalho às salas de espectáculo de todo o país.


S: A Anabela é um dos nomes da música portuguesa que tem sucesso?
A: Tenho tido muita sorte, além do talento e de muito trabalho. Portugal é um país pequeno, há muitos artistas e por isso é complicado encontrar uma editora e ter trabalho. Há cada vez menos concertos porque há cada vez menos dinheiro. Eu não tenho assim um número excessivo de concertos, mas tenho conseguido sobreviver neste meio fazendo coisas de que gosto muito.

S: Começou a cantar aos oito anos, gravou o primeiro single aos nove e o “Nós” é o sétimo disco. Mas o que marcou a sua carreira foi o Festival Eurovisão da Canção…
A: É verdade. Foi o que me catapultou para o conhecimento do grande público, até a nível internacional. Eu era fã do Festival, assistia a todos e sempre quis ir, mas como só se podia concorrer aos 16 anos estive muitos anos à espera que a idade chegasse. O ter participado já foi uma grande vitória, depois ganhar o Festival foi um grande sonho concretizado e de repente ainda me tornei conhecida. Toda a gente me cumprimentava, pois o festival tinha um grande peso.


S: A representação é a segunda paixão?
A: Desde pequena que representava em casa, mas deixei esse sonho porque comecei a cantar. Foi pela mão do Filipe La Féria, quando tinha 17 anos, que comecei a desenvolver a representação. Os musicais são a arte mais completa e que mais me preenche, pois juntam a representação, cantar e dançar. São as minhas duas paixões.


S: Mas se tivesse de escolher entre as duas como aconteceu agora, deixou de fazer o musical do Filipe La Féria para se dedicar ao “Nós”…
A: Eu tenho conseguido conciliar as duas coisas sempre, mas desta vez o sr. Filipe La Féria não cumpriu o acordo. O que estava combinado era que eu teria uma substituta no musical “Fado- História de um Povo”, mas depois o sr. La Féria decidiu que queria que a Anabela estivesse a cem por cento, então não pude fazê-lo, pois tinha compromissos que não podia falhar com este novo álbum. Não podia abandonar o meu disco.

S: A Anabela é considerada uma espécie de musa de Filipe La Féria…
A: Não sei se sou, sei é que tenho feito coisas extraordinárias com o Filipe. Tenho tido sorte em fazer grandes papéis, que marcaram a minha vida, e espero continuar a fazer. Eu aprendi muito com o Filipe La Féria, com o teatro, agora houve apenas uma incompatibilidade de agendas, não há nenhuma chatice ou zanga. Outros projectos com o La Féria virão.


S: Formou-se em psicologia, mas nunca exerceu…
A: É verdade. Fiz questão de tirar o curso porque desde pequena que gostava de observar pessoas, mas nunca trabalhei nessa área. Agora estou a tirar o mestrado para quem sabe um dia trabalhar na área dos actores, dos artistas. É uma aprendizagem e serve para outras coisas.

S: O que lhe falta fazer?
A: Gostava apenas de fazer muito teatro e dar muitos concertos. Agora, com o “Nós”, quero dar a conhecer às novas gerações as grandes músicas portuguesas com uns arranjos mais actuais. Acho que este disco vai funcionar muito bem ao vivo.


S: A carreira está à frente da vida pessoal?
A: Sou dedicada a ambas, pois para estar bem no trabalho tenho de investir na minha vida pessoal. Eu procuro entregar-me aos dois lados, porque preciso, como de pão para boca, de estar feliz no lado pessoal para se rever isso no meu trabalho.

S: Sente-se realizada?
A: Estou muito feliz com esta nova fase da minha vida, com a minha idade, com este novo projecto. Estou com muita força para trabalhar, para viver."

Fonte: http://starlounge.pt.msn.com/index.cfm?objectid=87847
pt.starlounge.com por HELENA ISABEL MOTA STARLOUNGE PORTUGAL - Fotos: GTRESONLINE

1 comentários:

Anónimo disse...

Está linda ....demais....que maturidade .....Beijo

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